O mocinho sobrevive às adversidades, dribla os perigos, conquista a donzela e a salva de um prédio em chamas seguido de um beijo de quatro ângulos diferentes. Aí, logo depois vem o letreiro: “The End” no mais escrachado dos finais felizes.
Clichês que até hoje seguem a risca em tantos blockbusters e enlatados por aí.
Clichês, sim, mas quem não quis um dia bem vivê-los, não é verdade? Quem não quis ser herói ou bandido? Quem não quis ser paixão e ódio? Quem nunca quis ser um espetáculo particular?
Eu já quis protagonizar a própria vida com efeitos especiais. Eu já quis ter um amor impossível ou apenas conseguir voar. Já me vi salvando amigos, derrotando inimigos e me sentido bem com isso. Já fui vilão também, já fiz o que não devia e gostei. Já fui tantos personagens. Na verdade, ainda sou alguns.
Eu já morri também e me vi lá de cima, com um alívio enorme de ter tido a vida que eu queria, com uma felicidade boba de que tudo aquilo, até o último momento, valeu a pena.
Só nunca chorei nos finais tristes. Há tanto tempo que não choro. Talvez tenha apenas desaprendido a faze-lo.
Cara… Paulo Coelho q se cuide!!
t atóóruummm!
beso!
Palavras são aliadas fortes.
Muito bom os teus textos, Rodrigo!